CNJ terá prêmio e campanha nacional de doação para incentivar a leitura em presídios

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), presidido pelo ministro Luís Roberto Barroso, prepara o lançamento de um prêmio e de um projeto que buscarão incentivar a leitura e o acesso a obras literárias nas unidades prisionais brasileiras. As iniciativas serão anunciadas nesta terça (16), durante sessão plenária do órgão.

O primeiro deles, batizado como “Prêmio A Saída é Pela Leitura”, agraciará os estados que tiveram os avanços mais expressivos nos índices de leitura e de remição de pena por meio da atividade. A ideia é estimular a universalização do acesso ao livro e à leitura nesses espaços, ainda considerada um desafio.

As três unidades da federação com os melhores resultados receberão 250 livros doados pela Biblioteca Nacional. Todos os estabelecimentos terão seus números analisados automaticamente.

De acordo com o CNJ, 30,4% dos 1.347 presídios brasileiros não têm bibliotecas, enquanto 26,3% não promovem atividades educacionais. Estima-se, ainda, uma média nacional de apenas 2,4 livros por pessoa presa.

O órgão também lançará nesta terça o projeto “Mentes Literárias”, por meio do qual realizará uma campanha nacional de doação livros e buscará parcerias com editoras para ampliar o acervo dos presídios. Obras escritas por pessoas presas e egressas devem ser lançadas.

Tanto o “Prêmio A Saída é Pela Leitura” quanto o projeto “Mentes Literárias” foram idealizados no âmbito da Estratégia Nacional de Universalização do Acesso ao Livro e à Leitura em Estabelecimentos Prisionais e serão realizados em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça.

A premiação ainda conta com apoio da Fundação Biblioteca Nacional, e o “Mentes Literárias”, com uma parceria com o Observatório do Livro e da Leitura.

A estratégia do CNJ para universalizar o acesso ao livro nas prisões faz parte do programa Fazendo Justiça, uma parceria com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e com a Secretaria Nacional de Políticas Penais.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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