Órgãos com HIV: Justiça concede liberdade a sócios e funcionários do laboratório PCS

Em julgamento nesta terça-feira, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio decidiu soltar Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira e Walter Vieira, sócios do laboratório PCS Labs Saleme — que está no centro do escândalo dos transplantes com órgãos infectados com HIV. Os desembargadores ainda decidiram estender o habeas corpus aos funcionários Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar.

Segundo a coluna Lauro Jardim, eles vão responder ao processo em liberdade e tiveram medidas cautelares impostas, como a proibição de deixar o país. Eles estavam presos preventivamente desde outubro, quando o Tribunal de Justiça do Rio aceitou a denúncia e os tornou réus por associação criminosa, lesão corporal e falsidade ideológica. Dois outros funcionários continuam presos: Cleber de Oliveira dos Santos e Adriana Vargas dos Anjos.

Laboratório muda versão sobre erro

O laboratório de patologia PCS Labs Saleme apresentou, na última semana, sua defesa nos processos internos da Secretaria estadual de Saúde (SES) que culminaram na interdição da empresa, com sede em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. No documento de 60 páginas, o laboratório mudou a versão do que pode ter ocasionado na infecção por HIV de seis pacientes transplantados: invés de erro humano causado por funcionários, agora o estabelecimento alega que o problema pode ter sido a “janela imunológica” da infecção nos doares. A defesa também diz que o erro em apenas dois exames está “dentro do limite da aceitabilidade”.

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