O juiz Jose Rodrigues Pinheiro, titular de uma vara em Itaguaçu (ES), criticou a atuação do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, durante a greve dos policiais militares locais e pediu que ele renuncie ao cargo. Para o magistrado, o governador foi “arrogante”, “incompetente” e poderá responder por ato de improbidade administrativa, já que, segundo ele, usou do cargo para tirar proveito próprio.
A declaração foi dada no perfil do juiz no Facebook. Pinheiro afirma que o governador ofendeu moralmente os envolvidos na greve ao compará-los a sequestradores. Os PMs não se dizem em greve. Dizem que são suas famílias que os impedem de trabalhar, numa manifestação por aumento salarial – a categoria pleiteia um aumento de 43%.
“O que está acontecendo no Espírito Santo é uma chantagem. É a mesma coisa que sequestrar a liberdade do cidadão capixaba e pagar resgate”, disse o governador, em seu primeiro pronunciamento, no dia 8 de fevereiro, após o início da crise de segurança. A fala faz referência ao pedido de aumento salarial feito pelos policiais capixabas, de cerca de 43%. Hartung defende que o “resgate” não pode ser feito. Ele calcula que o reajuste acarretaria em um gasto de mais R$ 500 milhões.
“A atuação do chefe do Poder Executivo no episódio do movimento dos policiais militares não poderia ser mais desastrosa. Demonstrou seu espírito arrogante: ele tem a verdade absoluta e ninguém o contesta. Ele não é mandatário, ele é mandante. O povo não elege mandantes, mas mandatários”, escreveu o juiz. Pinheiro continua acusando Hartung de ter crescido na política defendendo greves “de toda ordem”, e que agora compara grevistas “a criminosos na pior espécie”.
As manifestações começaram no dia 3 de fevereiro, quando parentes de policiais, principalmente mulheres, reuniram-se em frente à 6ª Companhia, no município de Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas. Os PMs reivindicam reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno.
O juiz criticou também a entrega do comando da Segurança Pública estadual ao Exército. Desde segunda-feira (6/2), o patrulhamento no estado tem sido feito pelas Forças Armadas e pela Força Nacional. O Ministério da Defesa anunciou na quinta-feira (9/2) o reforço na segurança em todo o estado.
Pinheiro afirma que o ato do governador foi uma declaração de incompetência. “É declarar: ‘somos incompetentes, não sabemos o que fazer, não sabemos dialogar, queremos a força bruta para resolver o problema’”. E disse que seria melhor “entregar toda a administração do estado, renunciando ao cargo. Seria mais honroso”.
You might use this link order viagra online also like to know that herbal medicine can be just as effective (if not more so) a solution to flailing, failing erections as any of the above ED drugs minus all the possible side effects and risks? If you have a consistent inability to have and maintain a solid erection during sex, then perhaps herbal erectile dysfunction remedies are the best option for the old man to get. Except in a few countries, Andrology remains a sub-specialty area within Urology. https://unica-web.com/archive/2009/2009.html online cialis This is also termed as independent pharmacy wherein it observes a chain of mass merchandizers & taking into account the pharmaceutical flied, cheapest tadalafil india they must possess a license for the purpose of dispensing the medicinal goods for the need of the general customers. The jelly works faster cialis discount cheap than the other categories. De acordo com o juiz, a postura de Paulo Hartung teve o objetivo de satisfazer intenção pessoal, o que configura improbidade administrativa, conforme o artigo 11, inciso III, da Lei 8.428/1992. A punição pode chegar à perda do cargo. Segundo Pinheiro, o governador expressou ódio contra os PMs e seus familiares. “Coitado do povo deste nosso estado. Estamos desarmados e presos dentro de casa e os políticos muito bem protegidos por suas seguranças, inclusive os do Executivo.”
A PM capixaba já indiciou 703 policiais militares pelo crime de revolta. O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, informou que eles foram indiciados por estarem armados e aquartelados nos batalhões. Se os indiciados forem condenados, a pena pode variar de 8 a 20 anos de prisão em presídio militar, além da expulsão da corporação. Esses policiais tiveram o ponto cortado desde sábado (4/2) e não vão receber salário.
Sem atividade
Por causa da greve da PM e da onda de violência no Espírito Santo, o Tribunal de Justiça chegou a suspender prazos processuais e decretar o fechamento de fóruns. Dia 6 de fevereiro, José Rodrigues Pinheiro avisou que mandou fechar o fórum de sua cidade.
O motivo, escreveu no Facebook, foram “informações dando conta de um grupo de motoqueiros passando nas cidades do interior, cometendo atos ilícitos em um grande bando”.
Uma semana antes, o juiz proibiu advogados de fazer carga de autos conclusos para decisão. Também avisou que, caso a ordem fosse descumprida, o responsável seria punido.
Em entrevista ao site Migalhas, explicou que não tem conseguido dar conta do serviço porque “o advogado não quer aguardar a decisão”, e pede para ver os autos. “Isso me atrapalha.”
Fonte: Conjur