O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirma que esperava que o crescimento da economia neste ano, e o fato de ele e Lula terem vencido as eleições em 2022 na cidade de São Paulo abrissem um caminho mais fácil para Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo.
VIDA DURA
“As pessoas estão vivendo melhor, com perspectiva econômica melhor”, disse ele na segunda parte da entrevista concedida à coluna na semana passada, em que falou sobre economia e política. “Eu tinha muita esperança de que as coisas fossem andar bem”.
VIDA 2
Haddad afirma que não é possível creditar as dificuldades ao candidato ou às legendas que o apoiam —e sim ao fato de a atual administração ter dinheiro para gastar em obras e ser, na opinião dele, pouco fiscalizada.
CAIXA
“Nós temos que nos lembrar de que a prefeitura nunca teve tanto dinheiro. Em primeiro lugar por causa da renegociação da dívida do município, feita na minha gestão. Em segundo lugar porque o Supremo Tribunal Federal (STF) deliberou a favor da prefeitura [em relação à posse do Campo de Marte], e o Bolsonaro comprou o Campo de Marte”, diz ele. “Se somar o caixa de nove estados do Nordeste não dá o caixa da Prefeitura de São Paulo”, segue.
EM OBRAS
Ele afirma ainda que a prefeitura está fazendo déficit e investindo em obras emergenciais, sem licitação, o que estaria sendo pouco fiscalizado pelos órgãos de controle. “Ficou fácil, né?”, diz ele.
ELA MERECE
Haddad também elogia a ex-candidata e deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que criticou com dureza tanto o prefeito Ricardo Nunes, candidato à reeleição, quanto Pablo Marçal (PRTB). “Ela tem tido uma postura o tempo todo muito legal, muito interessante”, afirma.
ELA MERECE 2
Lembrado de que Tabata recebe historicamente críticas de setores do PT, ele reafirmou os elogios. “Ela foi ótima. Declarou apoio ao Boulos [assim que o primeiro turno terminou], não quis negociar nada.”
PROSA
A cineasta Marina Person prestigiou o evento realizado na terça (15) pela livraria Megafauna, em São Paulo, com o escritor francês Édouard Louis, sensação da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). A cônsul-geral da França em São Paulo, Alexandra Mias, e a ex-ministra da Justiça do país europeu Christiane Taubira estiveram lá. O escritor José Henrique Bortoluci participou de um bate-papo com Louis. A escritora e colunista da Folha Tati Bernardi, o cantor Rico Dalasam, o psicanalista André Alves e o editor e diretor de A Feira do Livro, Paulo Werneck, também compareceram.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH