Quem pensou em ter uma vida tranquila plantando rosas no Ceará agora percebe as dificuldades desse setor. A atividade que na década passada teve um grande crescimento agora sofre, principalmente, com a estiagem. Os pequenos floristas reclamam de uma perda de 60% na produção em função da seca. Para os grandes, os prejuízos foram menores, representando 30%.
O setor reclama da ausência de apoio governamental para infraestrutura. Na Serra da Ibiapaba, por exemplo, faltam estradas para viabilizar o transporte da produção, além de mão de obra qualificada. Sem apoio, alguns pequenos fabricantes de rosas acabam desistindo do negócio.
“As chuvas apenas umedeceram o lençol freático, mas não foram suficientes para recarregar as barragens”, diz o presidente da Associação Cearense de Floristas, Roberto Ito. Mesmo com essas dificuldades, o mercado de flores cearense movimentou R$ 145 milhões em 2013.
Roberto Ito ressalta que, apesar dos problemas, há um mercado promissor: a perspectiva do setor é crescer até 14% em 2014. Existe atualmente uma demanda do segmento paisagístico que continua impulsionado pela construção civil e ajuda a movimentar os negócios.
O problema é que os pequenos produtores nem sempre tem acesso a esses mercados; falta um apoio maior das câmaras setoriais da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) para incentivar esse mercado.
Fonte: O Povo