Estreante no seleto clube dos 10 dígitos — os bilionários mais ricos do Brasil que marcam presença na lista da Forbes —, Miguel Krigsner nasceu em La Paz, na Bolívia, e fez fortuna ao fundar a Boticário no Brasil. Natural de La Paz, na Bolívia, e filho de pais judeus fugitivos do nazismo, a família mudou-se para Curitiba quando ele tinha 11 anos.
Krigsner graduou-se em farmácia e bioquímica pela UFPR em 1975 e em 1977 fundou uma farmácia de manipulação que daria origem ao império O Boticário, inicialmente como uma pequena farmácia de manipulação de produtos dermatológicos. A loja, localizada no centro da cidade, oferecia produtos personalizados e inovadores para a época.
Em diversas entrevistas, Krigsner apontou como diferencial combinar a ciência e estética. Ele percebeu o potencial do mercado de cosméticos e apostou na qualidade e na inovação para criar produtos que fossem ao mesmo tempo eficazes e agradáveis ao consumidor.
Nos anos 1980, O Boticário começou a crescer de forma exponencial. Krigsner adotou o sistema de franquias, e expandiu a marca para todo o Brasil. Em pouco tempo, a rede já contava com centenas de lojas espalhadas pelo país, tornando-se um dos gigantes do setor de cosméticos.
Sob a liderança de Krigsner, o Grupo Boticário expandiu suas operações para incluir diversas marcas, como “Eudora”, “Quem disse, berenice?”, “The Beauty Box” e “Vult”, consolidando-se como um dos maiores conglomerados de beleza. A empresa também expandiu sua presença internacional, levando a marca para mercados como Portugal, Estados Unidos e Oriente Médio.
Em livro lançado nesta terça-feira, como antecipou o colunista Lauro Jardim, Krigsner conta sua história e a do grupo, que se iniciou quando ele comprou 70 mil frascos que pertenceram a Silvio Santos.