BC aponta ‘probabilidade’ de recuo da economia no primeiro trimestre

O Banco Central apontou uma “probabilidade relevante” de que a economia brasileira tenha recuado “ligeiramente” no primeiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, mas manteve o discurso de que precisa de tempo para analisar a fundo o quadro antes de eventual mudança na rota dos juros. A avaliação consta da ata do Comitê de Política Monetária ( Copom ), publicada nesta terça-feira.

Ao justificar a manutenção, pela nona vez consecutiva, da taxa básica de juro (Selic) em 6,5% ao ano, o BC apontou o desaquecimento da economia, observado no fim de 2018 e que permaneceu no início de 2019.

Segundo o documento, a economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, o que se reflete nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego. Para o comitê, os indicadores do primeiro trimestre induziram revisões “substantivas” nas projeções para o crescimento do PIB em 2019.

“Os membros do Copom avaliam que o processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas o cenário básico contempla sua retomada adiante”, diz um trecho da ata.

O colegiado também demonstrou estar preocupado com uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira. Alertou que isso pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. A situação pode se agravar em caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes.

“… a manutenção de incertezas quanto à sustentabilidade fiscal tende a ser contracionista. Reformas que geram sustentabilidade da trajetória fiscal futura têm potencial expansionista, que pode contrabalançar efeitos de ajustes fiscais de curto prazo sobre a atividade econômica, além de mitigar os riscos de episódios de instabilidade com elevação de prêmios de risco, como o ocorrido em 2018”, destacou o comitê, ao falar sobre a situação das contas públicas brasileiras.

Patamares mais robustos

Para os integrantes do Copom, uma aceleração do ritmo de retomada da economia para patamares mais robustos dependerá, também, de outras iniciativas que visam ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios.

“Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”.

Those suffering from this trouble can eat healthy organic foods, but the body will not utilize the proteins, fats and carbohydrates from the food. levitra in india The speedy flow of fresh best online viagra blood in arteries provides enormous supply of fresh oxygen to the cells and tissues. I arrived appalachianmagazine.com order cialis online at Clarissa’s house, hoping for the best. If in any case you could not avoid from the impotence problem tadalafil in uk is the best alternative for viagra.

No documento, o Copom prevê uma inflação para as tarifas públicas de 5,3% em 2019 e 5% em 2020. Esse cenário leva em conta uma Selic constante em 6,5% ao ano e a taxa de câmbio a R$ 3,95. As projeções do colegiado para a inflação estão em 4,3% para 2019 e 4% para 2020.

Segundo a ata, o cenário externo permanece desafiador, dada à forte possibilidade de uma desaceleração da economia global. Por outro lado, os riscos associados à normalização das taxas de juros de algumas economias avançadas tenham diminuído a curto e médio prazos.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, disse que sua consultoria, ao contrário das demais, chegou a prever uma queda na Selic, como forma de estimular a economia. Ele admitiu que não havia sinais para que isso acontecesse, mas a Austin a previsão teria como função provocar esse debate.

— A queda de juros seria um estímulo, porque reduz o custo do investimento e também da dívida, porque um terço dela é indexada à Selic. Isso sem falar que há um impacto na retomada da confiança, porque abre perspectiva de financiamento e consumo melhor  na frente. E a inflação está sob controle — afirmou Agostini.

Papel da Reforma da Previdência

A seu ver, a ata está mostrando, em parte, que o discurso da reforma da Previdência como fato importante para a queda dos juros já não tem tanto efeito como antes. O adiamento da reforma, enfatizou o economista, acaba deteriorando os fatores de produção.

— Os juros continuam elevados, a mão de obra cada vez mais degradada e as pesquisas são claras quanto a esse cenário.  O Banco Central está extremamente cauteloso, mas precisa dar uma contribuição para tentar estimular a economia — disse ele.

O comitê avalia que a inflação acumulada em doze meses deve atingir um pico no curto prazo para, em seguida, recuar e encerrar 2019 em torno da meta de 4,25% ao ano. Ressalta, no entanto, que a consolidação desse cenário favorável, com inflação nas metas a médio e longo prazos, depende do andamento das reformas e ajustes necessários na economia brasileira.

“Os membros do Comitê reiteraram que a melhor forma de manter a trajetória da inflação em direção às metas, diante de incertezas quanto aos cenários econômicos, é conduzir a política monetária com cautela, serenidade e perseverança. Na sequência, debateram a conveniência de não mais repetir essa mensagem em sua comunicação, posto que se trata de questão principiológica que já deveria estar bem assimilada”.

Fonte: O Globo

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *