O setor financeiro voltou a ter uma forte presença na Carteira Valor de junho. As ações dos bancos Bradesco, Banco do Brasil e Itaú foram indicadas por cinco, quatro e três casas, respectivamente.
O que norteou as escolhas dos bancos foi a perspectiva de uma melhora da economia local, que pode levar as instituições financeiras a aumentar suas carteiras de crédito. Porém, enquanto essa aceleração econômica não acontece, os analistas continuam apostando em companhias exportadoras ou com forte presença no exterior.
A Petrobras, por exemplo, continua sendo a mais indicada entre as casas, apontada por sete delas. A Vale, Gerdau, Braskem e IRB Brasil (todas com negócios também fora do Brasil) foram apontadas por três casas. Completam a seleção as ações da Lojas Renner e Kroton, que apresentaram bons resultados operacionais no primeiro trimestre.
Entenda
A Carteira Valor reúne as 10 ações mais indicadas pelas corretoras participantes. Ao todo, são 17 corretoras que escolhem, mensalmente, cinco papéis que elas acreditam que vão se valorizar naquele mês.
Atualmente, compõem a Carteira Valor as corretoras Ativa, Banco do Brasil, Bradesco/Ágora, Coinvalores, Elite, Genial, Guide, Mirae, Modalmais, Necton, Nova Futura, Planner, Santander, Socopa, Safra, Terra e XP Investimentos. Aqui você vê a indicação das corretoras a cada mês e a valorização de cada uma das ações.
No ano, a Carteira Valor teve alta de 8,36%. No acumulado de 12 meses, a valorização foi de 24,20%. Nos mesmos períodos, o Ibovespa subiu 10,67% e 25,92%, respectivamente.
Petrobras (PETR4)
Na liderança pelo oitavo mês seguido, a Petrobras tem como principal atrativo a “continuidade de seu plano de desinvestimento”, afirma a Elite Investimentos. O projeto é uma forma de a estatal gerar caixa, vendendo negócios que não são o foco principal da companhia.
“Com a conclusão da venda, no último mês, do gasoduto TAG por R$ 8,6 bilhões, a Petrobras deve seguir agora no seu plano de venda de metade das refinarias no Brasil, distribuição de gás e rede de postos de combustíveis no Uruguai e parte de sua participação na BR Distribuidora. A companhia informou que o total de desinvestimentos deve chegar a US$ 27 bilhões”, afirma a Elite.
Bradesco (BBDC4)
A segunda ação mais indicada foi a do Bradesco, escolhida por cinco corretoras. Mario Roberto Mariante, analista da Planner, destacou o lucro líquido de R$ 6,2 bilhões registrado pelo banco no primeiro trimestre (o que representa um crescimento de 22% em relação aos R$ 5,1 bilhões do mesmo período do ano passado). “Foi mais um bom resultado, melhor que o esperado. Ele é explicado principalmente por maior margem financeira com clientes e o maior resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, somados ao bom desempenho das receitas de serviços”, afirma o analista.
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil aparece em seguida, apontado por quatro casas. A Bradesco/Ágora Corretora justificou a escolha afirmando que se a reforma da Previdência for aprovada, a economia do país melhora e, consequentemente, todos os bancos vão se beneficiar, com um aumento na carteira de crédito.
Para a corretora, o Banco do Brasil deve ter uma alta na carteira de crédito semelhante a dos bancos privados. A Bradesco/Ágora destacou que a empresa está passando por uma mudança no seu mix, reduzindo a carteira corporativa e aumentando sua carteira de varejo.
Na visão da corretora, isso deve provocar uma “estabilidade de margens, enquanto para os demais bancos, esperamos uma redução nas margens em função de um ambiente mais competitivo”. A casa destaca que o Banco do Brasil tem mais espaço para alta do que seus pares.
Pedro Galdi, da Mirae, também destacou os resultados do primeiro trimestre, “com os números superando as expectativas dos investidores”. Segundo o analista, “o novo governo já sinalizou que não há interesse em privatizar o banco, mas pretende alienar ativos em sua estrutura para torná-lo mais competitivo no setor”, o que poderia ser “o principal gatilho para o preço da ação ao longo deste ano”.
Itaú (ITUB4)
As ações do Itaú também apareceram na seleção e foram a opção da Socopa. Para Nicolas Takeo, analista da casa, as ações do banco estão baratas e têm espaço para alta. “Enxergamos um potencial de valorização de 16% para a ação em um horizonte de 12 meses”, afirma. “Na nossa visão, o banco apresenta boa capacidade de alavancagem devido aos níveis de liquidez superiores aos exigidos pela autoridade monetária”.
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Outra representante do setor financeiro que segue na seleção foi a resseguradora IRB Brasil, também com três indicações. Para a Elite Investimentos, a liderança da empresa no Brasil e na América Latina justifica a escolha. Segundo a casa, a atratividade está no bom mix entre os prêmios emitidos no Brasil (58%) e no exterior (42%). Isso significa que a companhia consegue ter ganhos tanto em cenários de desvalorização do dólar, como de “maior otimismo para a economia local”.
Gerdau (GGBR4)
Quem também se aproveita tanto do cenário externo como o local é a siderúrgica Gerdau. Para Pedro Galdi, analista da Mirae, a empresa “apresentou bom resultado no primeiro trimestre, superando as expectativas dos investidores”. Ele afirma que apesar do volume de vendas ter diminuído em relação ao quarto trimestre, os preços maiores e o dólar mais caro minimizaram essa queda.
Para a Bradesco/Ágora Corretora há sinais positivos para o mercado de construção civil brasileiro, já que “os lançamentos imobiliários continuam acelerando”. “Além disso, os produtos de aços longos estão pressionando por aumentos de preços no segundo trimestre, enquanto os preços da sucata estão em declínio”, afirma a casa.
Vale (VALE3)
Além da Gerdau, a Vale também se beneficia do aumento do dólar, assim como do preço do minério de ferro. Para Pedro Galdi, analista da Mirae, o rompimento da barragem de Brumadinho influenciou os resultados da empresa no primeiro trimestre.
Porém, ele explica que mesmo que ela tenha registrado uma “forte queda de produção de minério de ferro e pelotas no período”, ocorreu uma “substancial mudança na relação da oferta e procura, já que com a redução da oferta ocorreu forte alta no preço destes dois produtos”.
“O preço do minério de ferro saiu de US$ 65 por tonelada (antes do acidente) para US$ 95 por tonelada ao final do trimestre, o que fez com que o preço médio de venda da Vale se situasse em US$ 82,7 por tonelada no primeiro trimestre. Este substancial aumento de preço acabou minimizando a redução das vendas físicas”, afirma. Para ele, “o pior do lado financeiro já ocorreu”.
Braskem (BRKM5)
A Braskem encerra a lista de companhias que também estão posicionadas no cenário internacional. Para a Elite Investimentos, a empresa tem um “posição consolidada nos mercados em que atua”. A casa também citou, dentre os motivos que justificam a escolha dessas ações, o acordo com a LyondellBasell, que deve comprar as ações da companhia pertencentes à Odebrecht.
Segundo a Elite, “independente dos desdobramentos, a recomendação de compra permanece em vista do excelente desempenho operacional e das perspectivas positivas para a indústria nos próximos trimestres”.
Renner (LREN3)
Dentre as companhias que se aproveitam de uma aceleração na retomada da economia local, apareceram na seleção as ações das Lojas Renner e Kroton. A Elite Investimentos justificou sua escolha pela Renner com o lucro de R$ 161,6 milhões registrado pela varejista no primeiro trimestre, resultado que foi 45% superior ao do mesmo período do ano passado. Para a casa, os bons números do balanço são um indicativo de que a ação pode se valorizar.
Kroton (KROT3)
A escolha da Socopa pela Kroton foi justificada pelo fato de as ações da empresa estarem “descontadas” (ou seja, com preço menor do que realmente valem) e, por isso, têm chance de subir.
“Na nossa visão, apesar do cenário concorrencial mais desafiador, a Kroton continuará entregando sólidos resultados operacionais como consequência da recuperação da economia doméstica e de ganhos de sinergia decorrentes da aquisição de 73,35% na Somos Educação”, afirma Nicolas Takeo, analista da casa.
Fonte: Valor Investe
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