É estarrecedora a solidão da Petrobras neste triste momento da história da República. A desavergonhada politização de um suposto ato individual de banditismo está enlameando o nome da corporação.
É como se na história da Petrobras não tivessem ocorrido outros episódios de malversação, em diversos governos anteriores. E pouco importa o fato de que a estatal faz centenas de milhares de ordens de compra por dia, todas devidamente submetidas ao crivo do TCU – é claro que no meio do milharal sempre há algum corvo. Da mesma forma, os detratores da companhia convenientemente ignoram o passado da empresa, marcado por algumas gestões extremamente controversas, como nos tempos de Shigeaki Ueki, Luis Octavio da Motta Veiga – um mártir contra as vigarices de PC Farias e Joel Rennó. O jornalista Paulo Francis não morreu por acaso. Mas, a nova “UDN de casaca” não quer só a cabeça da atual administração da Petrobras, mas do governo que a indicou.
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A Petrobras é a mais importante e simbólica empresa brasileira. É inaceitável que seja apedrejada sozinha na rua escura dos interesses políticos. Tratasse de mais uma emporcalhada manobra eleitoral na história da política brasileira. Que se manifestem de forma veemente pelo menos a Aepet, o Sindicato dos Petroleiros e os próprios funcionários da estatal. Que se apliquem as penas da Lei ao indiciado Paulo Roberto Costa. Mas não sujem a Petrobras com suas segundas intenções.
Fonte: Blog IG Relatório Reservado