Falar de Planejamento Estratégico (PE) de maneira simples é algo necessário.
Quantas empresas nem sequer começam o seu, por achar complexo demais, e quantas outras não o terminam, e com isso ficam sem um norte? Na essência, o que é um PE? Como pensar nisso de maneira simples? Afinal, pode ser conveniente ter algo simples e prático hoje para definir um norte, e caminhar nesse rumo. Além disso, podemos amadurecer o PE posteriormente, alimentados pelas experiências adquiridas. Por que não começar guiados por perguntas simples e inquietantes?
Onde minha empresa está agora? (Presente)
Pontos de destaque
• Como pensar em planejamento estratégico de maneira simples?
• Parta dos propósitos de sua empresa e do que já conquistou.
• Defina um sonho viável, sem futurologia e nem fantasia.
• Construa uma ponte entre o presente e o futuro sonhado.
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Onde quero chegar com minha empresa? (Futuro)
O que faço para conduzir minha empresa ao futuro sonhado? E como? (Ponte)
Temos aí nessas três perguntas a essência do que deve ser trabalhado em um PE. Simples não? É, sabemos que não. Afinal, são perguntas inquietantes, cujas respostas demandam muito esforço. Porém, realizar o trabalho com essa organização de pensamento simples em mente já ajuda muito.
Onde minha empresa está agora?
O estímulo que essa pergunta nos dá para a reflexão vem de poder revisitar o propósito de nossa empresa, em questões fundamentais ligadas à sua missão, visão e valores, mas indo adiante. Precisamos avaliar a quem servimos, e a oferta que fazemos, como somos reconhecidos, e como somos melhores que nossos concorrentes. Enfim, pensar e avaliar tudo isso já delimita um bom capítulo inicial para o nosso PE. Por exemplo, imaginemos que tenhamos uma fábrica de janelas de alumínio, que atualmente atende à grande Curitiba. Somos reconhecidos pela boa qualidade de acabamento e atendimento, e pelo preço competitivo. Mas o que penso sobre isso para daqui a cinco anos?
Onde quero chegar com minha empresa?
Um PE nos estimula a pensar no futuro, mas como não cair em futurologia? Que tal definirmos nossos “sonhos”? Mas que não sejam fantasias! O que vemos como o futuro da empresa? E como queremos que nossa empresa seja reconhecida? Para não cair em fantasias, precisamos pensar de forma concreta. Nosso “sonho” é expandir o mercado de atuação para alcançar outras regiões, como os litorais paranaense e catarinense, os Campos Gerais e o Vale do Itajaí.
Também “sonhamos” em introduzir um novo material e uma nova linha de produtos, e para isso vamos trabalhar também com PVC, além do alumínio. Vamos estimar o potencial desse mercado e investir na capacidade produtiva necessária para essa expansão, sem esquecer os aspectos comerciais, financeiros, de logística e de pessoal. Para a nova linha de produtos, investiremos na tecnologia de produção, em treinamentos e ainda no desenvolvimento de novos fornecedores. Enfim, vamos definir tudo que precisamos fazer em investimentos e ações para conduzir nossa empresa ao futuro sonhado.
Ao definir o presente e um futuro sonhado e viável, fica mais fácil construir a ponte que liga uma coisa a outra, que é traduzida em um conjunto de objetivos estratégicos e ações para fazê-los acontecer.
Fonte: Gazeta do Povo