Desmascarar vigarices ideológicas é fundamental para combater o EI
1) Obama afirmou que continuará com sua estratégia atual na luta contra os terroristas do Estado Islâmico, apesar do “terrível e repugnante retrocesso” registrado na última sexta-feira em Paris, quando 129 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em decorrência dos ataques do EI.
Ou seja:
– Obama se recusou a admitir o fracasso;
– Obama se recusou a admitir que abriu caminho para o EI ao retirar as tropas americanas do Iraque precipitadamente.
2) “Eu não acredito que mostrei hesitação em agir”, disse Obama, em resposta a críticas sobre sua falta de ação contra o grupo terrorista.
De fato, Obama não hesitou em ser conivente com o terror.
3) Obama disse que a estratégia americana de bombardeio estava fazendo maravilhas.
Detalhes:
A coalizão liderada pelos EUA acaba de expandir seus ataques para incluir caminhões de petróleo do EI e novos alvos. Por que esses alvos não foram atacados antes? Obama não respondeu.
4) Obama disse que seria um “erro” combater o EI por terra, na Síria e no Iraque, porque “quando você envia tropas, essas tropas se ferem, elas morrem”.
Quando você não envia tropas, a população civil se fere e morre, como aconteceu em Paris. O trabalho dos militares consiste precisamente em evitar que isto aconteça, ferindo-se ou morrendo se for preciso, mas Obama prefere fazer demagogia eleitoral em tempos de guerra.
5) “Nós temos o melhor exército do mundo e nós temos as melhores mentes militares no mundo. E eu tenho me reunido com eles intensamente durante anos discutindo essas várias opções. Não é apenas a minha visão, mas a visão dos meus conselheiros militares e civis, a de que isso seria um erro.”
Isto é Obama diluindo a culpa de suas decisões políticas entre conselheiros genéricos que não podem nem sequer vir a público desmenti-lo.
6) “Não porque nossos militares não poderiam entrar em Mosul ou Raqqa ou Ramadi e temporariamente expulsar o ISIL” (Obama usa a sigla em inglês do EI para evitar pronunciar o termo “islâmico”). “Mas porque veríamos uma repetição do que vimos antes.”
Nada causa tantas mortes quanto o discurso pacifista, que Obama agora despeja mais uma vez. Eleito graças à demonização de George W. Bush por conta da guerra do Iraque, Obama usa o trauma – que ele próprio multiplicou com a retirada das tropas – como pretexto para a sua inércia mortífera.
7) “Se você não tem populações locais que estão comprometidas com a governança inclusiva, e que estão fazendo pressão contra extremistas ideológicos, eles ressurgem – a menos que você esteja preparado para ter uma ocupação permanente desses países.”
Se esse argumento tivesse sido aplicado durante a Segunda Guerra Mundial para Berlim ou Tóquio, o Terceiro Reich ainda estaria governando a França, e o Império do Japão ainda estaria firme e forte. O mesmo é verdadeiro para a Coreia do Sul, que seria um protetorado chinês.
O compromisso de Obama de nunca mais usar tropas americanas para combater focos terroristas resulta obviamente na multiplicação de focos terroristas. Uma ocupação longa e pacífica é melhor do que ameaças sem fim, mas, para Obama, os militares servem apenas para fotos de propaganda.
8) Obama também disse que o Ocidente deve continuar a aceitar refugiados sírios:
“Mesmo quando aceitamos mais refugiados – incluindo sírios –, nós o fazemos apenas depois de submetê-los a triagens rigorosas e controles de segurança.”
Mentira. Obama não revelou quaisquer detalhes sobre como os refugiados são selecionados. Vai ver ele telefona para os terroristas do EI, para o ditador sírio Bashar al-Assad ou para os rebeldes sírios supostamente moderados a fim de saber se o refugiado é mesmo gente boa.
9) “Nós também temos que lembrar que muitos desses refugiados são as vítimas do terrorismo; é por isso que eles estão fugindo. Fechar a porta em suas caras seria uma traição a nossos valores.”
Obama não explicou por que a grande maioria dos refugiados sírios para o Ocidente são do sexo masculino, como comentamos no programa Contexto de setembro. Se eles são todos vítimas do terrorismo, por que muitos estão deixando suas esposas e filhos para trás?
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(* Dezenas de estados americanos não quiseram saber do que diz Obama e já decidiram fechar suas portas.)
10) Obama disse que não pode equiparar os refugiados com terroristas e que seria “vergonhoso” aceitar apenas os refugiados cristãos, mas não muçulmanos: “Isso não é americano. Isso não é o que somos”, disse Obama, fazendo referência específica aos republicanos.
Confirmamos agora que o EI se infiltra nos movimentos de refugiados sírios para entrar no Ocidente, como alertei aqui dois meses antes dos ataques em Paris, mas Obama finge que nada disso existe.
Se tudo que sabemos sobre os refugiados é a sua religião, ainda podemos presumir que os cristãos tendem a não cometer atos terroristas, porque os refugiados cristãos não cometem atos terroristas, mas não podemos ter o mesmo grau de confiança em supostos refugiados muçulmanos, claramente.
Ou se desenvolvem, no mínimo, formas eficazes de filtragem e monitoramento, ou o Ocidente seguirá cúmplice do massacre de seu povo.
11) Obama acrescentou que não poderia derrotar o EI sem negociação.
Obviamente, ele se recusou a dizer com quem tal negociação seria feita.
12) “É melhor que nós não atiremos primeiro e miremos depois”.
Coisa que Obama, verbalmente, adora fazer contra a polícia americana a cada caso complexo de violência, cujas nuances ele ignora em nome de sua demagogia racial.
13) Obama reiterou que o EI foi “contido” territorialmente.
Como diria Hillary Clinton: “Que diferença isso faz?”, uma vez que a maior preocupação dos ocidentais é se os terroristas estão “contidos” logisticamente em relação a ataques no exterior, como o de Paris.
14) Obama reiterou que o Islã nada tinha a ver com o EI, e acrescentou que “o abuso do Islã” iria aumentar o recrutamento feito pelo grupo terrorista. Ele disse que o EI ganharia se o terrorismo fosse “de alguma forma definido como um problema muçulmano em vez de um problema terrorista”.
O EI é um problema muçulmano, quer Obama e a maioria dos comentaristas da Globo News gostem ou não. O radicalismo, não necessariamente consolidado em atos de terror, é um ponto de vista grande ou talvez até majoritário da população muçulmana no mundo, como mostrei aqui. Deixar de reconhecer isso significa fracasso total.
As leis tirânicas de países muçulmanos não são acidentais nem desconectadas do Corão. Degolar infiéis, atirar gays de montanhas ou edifícios altos, apedrejar mulheres “adúlteras” (incluindo em relação a maridos mortos), assassiná-las por andar sozinhas nas ruas sem o marido – este é o repertório básico de punições no mundo encantado que o discurso politicamente correto encobre.
Enquanto não mostram verdadeiro trabalho, as entidades muçulmanas que condenam atos terroristas servem apenas como instrumento de pressão contra qualquer reação do Ocidente que fira suscetibilidades islâmicas. Enquanto não denunciam às autoridades os jovens “problemáticos” que dão sinais de fanatismo, por exemplo, essas entidades voluntária ou involuntariamente facilitam o trabalho do EI de infiltrar terroristas entre os seus “irmãos de fé”.
15) Obama disse que é preciso “derrotar a narrativa” em relação ao EI.
Se não reconhecermos forças dentro do Islã como inimigas, isso é impossível.
Mas o anti-imperialista Obama se preocupa muito menos com o Islã radical do que com o imperialismo ocidental. Para ele, os malvados do Ocidente são uma ameaça bem maior para os muçulmanos do que os muçulmanos malvados são uma ameaça para nós ocidentais.
Seu ódio à islamofobia e aos republicanos supera de longe seu desejo de combater o radicalismo islâmico, de modo que ele participa voluntariamente do suicídio do Ocidente.
Os líderes franceses, apesar de tudo, têm feito ao menos discursos mais firmes. O presidente François Hollande, socialista confesso, disse:
“Vamos erradicar o terrorismo. O terrorismo não vai destruir a França, porque vamos destruí-lo.”
Antes de seu discurso em Versalhes, socialistas, comunistas, direitistas e conservadores franceses sentaram-se misturados no parlamento que deu origem às expressões “esquerda” e “direita”, mostrando a união nacional contra o terror.
Nenhuma ideologia pode estar acima desse combate. Mas desmascarar as vigarices ideológicas que o impedem é fundamental para que ele seja levado adiante.
Fonte: Veja